O novo tende sempre a ser uma ameaça. O medo do desconhecido, do escuro. De fato, estar longe da zona de conforto é sempre uma insegurança. Assim como envelhecer. A vida, por si só, já nos surpreende com intimidações desde que nascemos. Sair do ventre, por exemplo. É um trauma. Tiram-nos do ambiente em que vivemos e nos colocam em um outro, muito mais frio, claro e barulhento. Depois vem o primeiro dia de aula: crianças jogadas aos leões, forçadas à convivência em sociedade. Chega o vestibular. Aos dezoito anos, um adolescente com piercing na sobrancelha tem que decidir se vai ser médico ou jornalista. Mais uma ruptura capaz de desviar todo o curso de uma carreira. Ou seja, viver é mudar. Mudar é viver.
Depois de um belíssimo prólogo à Pedro Bial, vamos ao ponto. Porque diabos as pessoas temem tanto o desconhecido, uma vez que ele faz e continuará fazendo parte da existência humana? Monologada a introdução da tragédia, vamos aos fatos: jornalistas tradicionais estão em pânico temendo o fim do jornal impresso. O fim do coronelismo das rotativas e do monopólio da informação.
Serei sincero. Até porque eu – como proprietário deste blog – tenho total liberdade de escrever o que eu quiser, da maneira que desejar. Esse medo da inevitável queda do papel noticioso é fundamentado? Não seria receio de uma nova concorrência intelectual, de novos entrantes do mercado, de uma gurizada que já nasceu dominando a tecnologia? A força motriz dessa discussão – assim como em todos os momentos de ruptura da história – é econômica e ideológica. A mesma que fez a Igreja abominar a democratização do mundo impresso. São apenas grandes conglomerados inquietos com a mudança de valores (espaço reservado para a dubiedade).
A notícia ganha novas fontes. Agora ela pode vir do melhor amigo, da namorada, do pai. E o melhor: instantaneamente. Nesse contexto, surgem jornalistas apocalípticos denunciando o fim da profissão. Corram para as suas casas, o Satanás agora é porta-voz. A informação se desfez, a mentira chegou para amaldiçoar os seus lares. Pausa. Um tempo para respirar e enumerar alguns fatos: o ato de dar e receber notícia mudou. O receptor – estou falando do letrado, que tem acesso à informação - agora tem milhões de possibilidades de verificar a fonte. E é aí que os bons jornalistas e os bons veículos se destacam – e garantem o seu espaço no mercado, mesmo com a isenção da obrigatoriedade do diploma, com o crescimento das mídias sociais e com todos os experimentos que provém a democratização da informação. Não há motivo para tanto alarde, caros amigos. Os bons terão seus lugares ao sol. A sociedade não precisa de jornais. Precisa de jornalismo.
Depois de um belíssimo prólogo à Pedro Bial, vamos ao ponto. Porque diabos as pessoas temem tanto o desconhecido, uma vez que ele faz e continuará fazendo parte da existência humana? Monologada a introdução da tragédia, vamos aos fatos: jornalistas tradicionais estão em pânico temendo o fim do jornal impresso. O fim do coronelismo das rotativas e do monopólio da informação.
Serei sincero. Até porque eu – como proprietário deste blog – tenho total liberdade de escrever o que eu quiser, da maneira que desejar. Esse medo da inevitável queda do papel noticioso é fundamentado? Não seria receio de uma nova concorrência intelectual, de novos entrantes do mercado, de uma gurizada que já nasceu dominando a tecnologia? A força motriz dessa discussão – assim como em todos os momentos de ruptura da história – é econômica e ideológica. A mesma que fez a Igreja abominar a democratização do mundo impresso. São apenas grandes conglomerados inquietos com a mudança de valores (espaço reservado para a dubiedade).
A notícia ganha novas fontes. Agora ela pode vir do melhor amigo, da namorada, do pai. E o melhor: instantaneamente. Nesse contexto, surgem jornalistas apocalípticos denunciando o fim da profissão. Corram para as suas casas, o Satanás agora é porta-voz. A informação se desfez, a mentira chegou para amaldiçoar os seus lares. Pausa. Um tempo para respirar e enumerar alguns fatos: o ato de dar e receber notícia mudou. O receptor – estou falando do letrado, que tem acesso à informação - agora tem milhões de possibilidades de verificar a fonte. E é aí que os bons jornalistas e os bons veículos se destacam – e garantem o seu espaço no mercado, mesmo com a isenção da obrigatoriedade do diploma, com o crescimento das mídias sociais e com todos os experimentos que provém a democratização da informação. Não há motivo para tanto alarde, caros amigos. Os bons terão seus lugares ao sol. A sociedade não precisa de jornais. Precisa de jornalismo.