A fase água com açúcar da dramaturgia da Band está com os dias contados. Depois de Floribela, Dance Dance Dance e Água na Boca, a emissora realizou uma pesquisa para saber o que o público feminino espera ver nas novelas da casa. O resultado mostrou que a maioria quer tramas com mais ousadia e atrevimento. Empolgada com sucesso da reprise de Pantanal, cujo importante ingrediente é o cenário rural associado à sensualidade, a Band comprou os direitos de adaptação de Passión de Gavilanes, romance colombiano produzido pela Telemundo, Caracol Televisión e RTI.
Inversamente proporcional aos investimentos na dramaturgia nacional, a criatividade dos enredos enfrenta uma séria crise de conteúdo. Até mesmo a Record, que passou a investir pesado na produção brasileira, viu-se tentada com a possibilidade de expandir a exportação de suas novelas: assinou um acordo com a rede mexicana Televisa para adaptação de obras de sucesso mundial, como Rebelde. O mesmo recurso já foi utilizado pela Band, que importou da Argentina os direitos de Floribela e obteve excelente faturamento, além do licenciamento de dezenas de produtos.
Depois de amargar baixos índices de audiência com a insossa Água na Boca, a Band aposta suas fichas em um investimento em que as prerrogativas não parecem muito otimistas: a produção nacional de mais um enlatado. Passión de Gavilanes, cujos direitos foram recém-adquiridos, já foi exibida pela RedeTV! com o título Paixões Ardentes. Em sua primeira exibição no Brasil, estreou com a responsabilidade de, ao menos, manter os números de Pedro, o Escamoso. O resultado foi desastroso. A obra, escrita por Julio Jiménez e dirigida por Rodrigo Triana, foi interrompida muito antes de concluir o seu ciclo previsto.
Na RedeTV!, o folhetim estreou em 29 de março e encerrou em 25 de junho de 2004, sem ao menos apresentar o desfecho dos personagens. O corte gerou a revolta dos telespectadores. Mais de cinco mil e-mails chegaram à emissora de Alphaville. Diante da baixa audiência, menos de 1 ponto, e da dificuldade de comercialização, a diretoria suspendeu irrevogavelmente a exibição de Paixões Ardentes.
A versão brasileira de Passión de Gavinales será adaptada por Ecila Pedroso e poderá suceder Água na Boca. O elenco está sendo escolhido pelo diretor Del Rangel. Segundo o site “Estrelando”, nas últimas semanas foi realizado um teste com 250 atores para a seleção dos protagonistas.
Das onze telenovelas atualmente em cartaz na Globo, SBT, Record, Band e CNT, cinco são inéditas, uma é remake e quatro são reapresentações. Para os próximos meses, estão programadas as gravações de Rebelde e Passión de Gavinales. Nos bastidores do SBT comenta-se que mais uma obra argentina poderá ser adaptada com atores brasileiros. Enquanto isso, novos talentos são podados, grandes autores aposentados e importantes acervos ressuscitados, como o arquivo radiofônico de Janete Clair, adquirido por Silvio Santos.
Chacrinha, ainda nos primórdios da teledifusão, postulou: “na TV nada se cria tudo se copia”. O Velho Guerreiro tinha toda a razão, mas os tempos mudaram e a globalização chegou. A moda agora é pagar pela adaptação. É a imitação sem culpa, cultuada, sem vergonha e de papel passado.
Inversamente proporcional aos investimentos na dramaturgia nacional, a criatividade dos enredos enfrenta uma séria crise de conteúdo. Até mesmo a Record, que passou a investir pesado na produção brasileira, viu-se tentada com a possibilidade de expandir a exportação de suas novelas: assinou um acordo com a rede mexicana Televisa para adaptação de obras de sucesso mundial, como Rebelde. O mesmo recurso já foi utilizado pela Band, que importou da Argentina os direitos de Floribela e obteve excelente faturamento, além do licenciamento de dezenas de produtos.
Depois de amargar baixos índices de audiência com a insossa Água na Boca, a Band aposta suas fichas em um investimento em que as prerrogativas não parecem muito otimistas: a produção nacional de mais um enlatado. Passión de Gavilanes, cujos direitos foram recém-adquiridos, já foi exibida pela RedeTV! com o título Paixões Ardentes. Em sua primeira exibição no Brasil, estreou com a responsabilidade de, ao menos, manter os números de Pedro, o Escamoso. O resultado foi desastroso. A obra, escrita por Julio Jiménez e dirigida por Rodrigo Triana, foi interrompida muito antes de concluir o seu ciclo previsto.
Na RedeTV!, o folhetim estreou em 29 de março e encerrou em 25 de junho de 2004, sem ao menos apresentar o desfecho dos personagens. O corte gerou a revolta dos telespectadores. Mais de cinco mil e-mails chegaram à emissora de Alphaville. Diante da baixa audiência, menos de 1 ponto, e da dificuldade de comercialização, a diretoria suspendeu irrevogavelmente a exibição de Paixões Ardentes.
A versão brasileira de Passión de Gavinales será adaptada por Ecila Pedroso e poderá suceder Água na Boca. O elenco está sendo escolhido pelo diretor Del Rangel. Segundo o site “Estrelando”, nas últimas semanas foi realizado um teste com 250 atores para a seleção dos protagonistas.
Das onze telenovelas atualmente em cartaz na Globo, SBT, Record, Band e CNT, cinco são inéditas, uma é remake e quatro são reapresentações. Para os próximos meses, estão programadas as gravações de Rebelde e Passión de Gavinales. Nos bastidores do SBT comenta-se que mais uma obra argentina poderá ser adaptada com atores brasileiros. Enquanto isso, novos talentos são podados, grandes autores aposentados e importantes acervos ressuscitados, como o arquivo radiofônico de Janete Clair, adquirido por Silvio Santos.
Chacrinha, ainda nos primórdios da teledifusão, postulou: “na TV nada se cria tudo se copia”. O Velho Guerreiro tinha toda a razão, mas os tempos mudaram e a globalização chegou. A moda agora é pagar pela adaptação. É a imitação sem culpa, cultuada, sem vergonha e de papel passado.
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